Graciliano
Ramos
Graciliano
Ramos viveu os primeiros anos em diversas cidades do Nordeste brasileiro.
Terminando o segundo grau em Maceió, seguiu para o Rio de Janeiro, onde passou
um tempo trabalhando como jornalista. Voltou para o Nordeste em setembro de
1915, fixando-se junto ao pai, que era comerciante em Palmeira dos Índios,
Alagoas. Neste mesmo ano casou-se com Maria Augusta de Barros, que morreu em
1920, deixando-lhe quatro filhos.
Foi eleito
prefeito de Palmeira dos Índios em 1927, tomando posse no ano seguinte. Ficou
no cargo por dois anos, renunciando a 10 de abril de 1930. Segundo uma das
auto-descrições, "(...) Quando prefeito de uma cidade do interior, soltava
os presos para construírem estradas." Os relatórios da prefeitura que
escreveu nesse período chamaram a atenção de Augusto Frederico Schmidt, editor
carioca que o animou a publicar Caetés (1933).
Entre 1930 e
1936 viveu em Maceió, trabalhando como diretor da Imprensa Oficial, professor e
diretor da Instrução Pública do estado. Em 1934 havia publicado São Bernardo, e
quando se preparava para publicar o próximo livro, foi preso em decorrência do
pânico insuflado por Getúlio Vargas após a Intentona Comunista de 1935. Com
ajuda de amigos, entre os quais José Lins do Rego, consegue publicar Angústia
(1936), considerada por muitos críticos como sua melhor obra.
Em 1938
publicou Vidas Secas. Em seguida estabeleceu-se no Rio de Janeiro, como
inspetor federal de ensino. Em 1945 ingressou no antigo Partido Comunista do
Brasil - PCB (que nos anos sessenta dividiu-se em Partido Comunista Brasileiro
- PCB - e Partido Comunista do Brasil - PCdoB), de orientação soviética e sob o
comando de Luís Carlos Prestes; nos anos seguintes, realizaria algumas viagens
a países europeus com a segunda esposa, Heloísa Medeiros Ramos, retratadas no
livro Viagem (1954). Ainda em 1945, publicou Infância, relato autobiográfico.
Adoeceu
gravemente em 1952. No começo de 1953 foi internado, mas acabou falecendo em 20
de março de 1953, aos 60 anos, vítima de câncer do pulmão.
O estilo
formal de escrita e a caracterização do eu em constante conflito (até mesmo
violento) com o mundo, a opressão e a dor seriam marcas de sua literatura.
Graciliano foi indicado ao premio Brasil de literatura.
Obras
Caetés (1933)
(ganhador do prêmio Brasil de literatura);
São Bernardo
(1934);
Angústia
(1936);
Vidas Secas
(1938);
A Terra dos
Meninos Pelados (1939);
Brandão Entre
o Mar e o Amor (1942);
Histórias de
Alexandre (1944);
Infância
(1945);
Histórias
Incompletas (1946);
Insônia
(1947);
Memórias do
Cárcere, póstuma (1953);
Viagem,
póstuma (1954);
Linhas
Tortas, póstuma (1962);
Viventes das
Alagoas, póstuma (1962);
Alexandre e
outros Heróis, póstuma (1962);
Cartas,
póstuma (1980);
O Estribo de
Prata, póstuma (1984);
Cartas à
Heloísa, póstuma (1992);
Traduções
Graciliano
Ramos também dominava o inglês e o francês. Realizou algumas traduções:
Memórias de
um Negro de Booker T. Washington, (1940);
A Peste de
Albert Camus, (1951)
Para os que quiserem saber mais sobre o autor esse site fala sobre todas suas obras e um pouco mais!
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